A colheita da cevada segue em ritmo acelerado no Paraná. Com área recorde de 87 mil hectares pode ter também a melhor produção, com 397 mil toneladas, caso o clima favoreça o produto que ainda está a campo. A análise preliminar das consequências de chuvas e da situação de outras culturas está no Boletim de Conjuntura Agropecuária relativo à semana de 6 a 11 de novembro.
O levantamento dos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), aponta que 11% da área com cevada já está colhida. O volume é bastante superior à média de 2% neste mesmo período em anos anteriores. Além disso, 50% do que resta em campo está em maturação, mostrando antecipação das lavouras.
Em parte, a situação já era esperada, pois os 2 mil hectares de acréscimo de área neste ano, em relação a 2022, ocorreu em região mais quente, como nos Campos Gerais e Norte Pioneiro.
Apesar do início promissor em termos de rendimento e qualidade, ainda há preocupação, pois as condições de lavouras boas baixaram de 95% para 90% em uma semana, em razão das chuvas ocorridas, e ainda há previsão de mais precipitações.
TRIGO – O tempo chuvoso também preocupa os produtores de trigo do Paraná. A colheita evoluiu, mas foi interrompida pelas chuvas que atingiram o Estado no dia 4 e só cessaram no domingo (8). Além de interromper esse trabalho, não permitiram os controles fitossanitários e provocaram acamamentos pontuais de lavouras.
Aproximadamente 380 mil hectares continuam no campo, com mais da metade (54%) em maturação, fase em que eventuais chuvas podem prejudicar a qualidade do produto. A outra parte está em enchimento de grãos e novas chuvas podem favorecer doenças. Após o conhecimento total dos efeitos da chuva será possível analisar se a produção estimada de 4,16 milhões de toneladas se mantém.